Thursday, July 12, 2007

BRIGA NO BAIRRO DA PINK PANTER!

Lia-se há dias no verdeverdugo "Onde é que está a colecção de postais sobre o património natural de Alpiarça?! Ah, é verdade, apesar desse trabalho já ter sido pago com os nossos impostos, a referida colecção não pode ser publicada porque isso iria violar direitos de autor, já que a vereadora me roubou os respectivos diapositivos e eu não assino uma autorização para a divulgação pública desse material enquanto a corrupta não me devolver o que é meu…
A propósito, sabe mesmo bem olhar para aqueles esqueletos metálicos para outdoors turísticos à entrada da vila, e pensar que a vereadora torrou neles uns milhares de contos – que nos saíram dos bolsos – para nada!! A foto que eu gostaria de lá ver era a dessa mulherzinha a jogar à apanha do sabonete com um touro de cobrição!..."
O Seca Adegas esposo da aia Banda Grudes não tolerou mais ver, ouvir e ler as coisas que o Xando, aliás verdeverdugo, aliás Paulo Barreiros tem escrito sobre a sua esposa no blogue de sua autoria. Veja-se que apenas num parágrafo lhe chamou ladra, corrupta e vaca.
Ontem munido de uma realíssima bebedeira apareceu no Bairro da Antiga Praça de Touros, aliás Bairro da Pink Panter (que agora já não é porque está muito branquinho), à porta da casa do gajo do rabo de cavalo para lhe dar umas súcias de murros nas ventas, mas ou o gajo não estava ou teve medo e quem apareceu foi a sua mãe que corroborou na cara do esposo da aia Banda Grudes todas as acusações que o filho lhe faz.
Sorte a do Seca Adegas que o Xando não tenha aparecido, porque o gajo parece que é mestre em artes marciais e ainda tinha partido umas costelas ao homem o que era uma desgraça.
É que depois o povoléu ainda dizia em cima de corno, escalavradado!

O CÉU PODE ESPERAR! [6]

Os nossos conterrâneos JE (José Ervas), ZP (Zeca Pinhoada), HP (Dr. Hermético Pachorra), DG (Doutor Geadas) encontram-se no Céu para mais uns dedos de conversa, jogar uma cartada e beber uns copos.

JE: Ora muito bom dia, que prazer em revê-los, há bastante tempo que não aparecem, nem para me contarem as novidades lá do Reino.

ZP: Caro Doutor lamento desampontá-lo mas as novidades não são assim muito boas para si.
DG: Zeca lá estás tu a meter o senhor Ervas em preocupações, és um regateiro do piorio, não podias ficar calado e falares só da tua boneca nua?
HP: Já sei que vai sobrar para mim, mas já que começaste agora é melhor contares o que sabes.
ZP: Finalmente foram inaugurados com pompa e circunstância os Arquivos Reais de Piarça a quem foi atribuído o nome aqui do nosso amigo Hermético Pachorra, o qual teve direito a estátua de bronze da autoria do Picasso de Piarça.
JE: Bem me tinham soado uns zunz-zuns que os Arquivos Reais teriam o nome do Dr. Hermético, mas essa da estátua de bronze, não estava mesmo nada à espera.
ZP: Pois. Mas lamentavelmente temos de reconhecer que o Dr. Ervas está a perder prestígio no Reino de Piarça.
DG: Claro que está, até tu lhe roubaste o nome de uma praça com o seu nome e arranjaste maneira de lá porem uma boneca nua para endireitar a ferramenta aos velhos dos bancos do “picha murcha”
HP: Alto aí, eu não meti prego nem estopa, para os arquivos terem o meu nome e me ser feita nova estátua, eu até já tinha um busto no Azil e estava bastante satisfeito com isso.
ZP. Tá bem ó Doutor dos olhos, mas certo é que o património agrícola que o nosso bom anfitrião José Ervas deixou ao Reino de Piarça, foi completamente descredibizado recentemente pelo El Trevo do Mar.
ZE: O quê? A minha Quinta dos Matudos onde se produziram dos melhores vinhos de Alpiarça já não presta?.
ZP: Não, segundo El Trevo do Mar, há 32 anos que a sua Quinta não gera receitas, o seu Solar está a precisar de obras avultadíssimas para poder continuar aberto ao público e a autarquia vai ter de vender parte da sua quinta para ir buscar algum dinheiro.

O velho Ervas nesta altura da conversa, não contém a emoção, chora compulsivamente e ao fim de um bocado reage desta maneira:
ZE: Quando doei toda a minha riqueza ao Reino de Piarça, os rendimentos das propriedades davam e sobejavam para manter o Museu dos Matudos e criar um Azil para velhos e crianças desprotegidas. Bem sei que os tempos são outros, que a agricultura está numa profunda crise e que o vinho vende-se mais barato que a água, mas nunca pensei que os meus conterrâneos me fossem vender a minha querida quinta dos Matudos.
ZP: Pois é Doutor Ervas, os tempos são outros. Eles vão concessionar 162 ha, por 90 anos, para lá construirem um condomínio de luxo. O negócio deve ser consertado com o Tisidoro porque ele é dono de metade ou mais do Paúl dos Matudos. Consta que vai haver um campo de golf e um lago de baixa profundidade.
DG: Sim. Lá isso é verdade. Para se fazer o lago até já desviaram a Estação de Tratamentos dos Cagalhotos lá do Paúl. Os cagalhotos a boiarem eram mais que muitos e para fazer uma coisa de luxo aquilo tinha de estar limpinho.
ZP: Ahahahahahah! Mas esquecem-se da Ribeira que vem do Vale Enlameado que trás os dejectos da vacaria? Aquelas águas também estão sempre muito porcas.
DG: Mas isso nota-se mais é de inverno, porque de verão como há os arrozais, os cagalhotos das vacas são todos filtrados pelos arrozais.
JE: Mas eu quero saber mais. Afinal por quanto é que vai ser vendida a minha Quinta? A sua venda resolve o problema do Museu e do Azil?
ZP: Infelizmente está no segredo dos Céus o valor da venda da quinta dos Matudos. Apenas se sabe que é uma venda por 90 anos.
JE: 90 anos? Ao fim desse tempo já passaram várias gerações, esses terrenos nunca mais voltam para a posse do povo do Reino de Piarça, vão arranjar uma estrangeirinha e isso fica nas mãos dos meus novos herdeiros.
HP: Caro Ervas é capaz de ter razão, eu se ainda estivesse à frente do Azil, talvez conseguisse ter alguma influência para que não vendessem a sua Quinta, porque quem vende nunca mais lhe chama seu.
ZP: E o pior é que a Assembleia do Reino, como estão em maioria já aprovaram a venda, agora só resta esperar que não apareçam interessados.
JE: Cala-te. Como não aparecem? Essa merda quando foi feita já havia interessados. El Trevo do Mar não dá ponto sem nó, a esta hora já formaram uma empresa para comprar a minha rica Quinta dos Matudos.
DG: Caro amigo e senhor Ervas, lamentamos muito mas não podemos fazer nada. Só resta esperar que dê uma salipampa ao El Trevo e que ele responda ao chamamento do Osíris para o Reino dos Mortos.
JE: Só tenho pena é de nunca apanhar esse El Trevo aqui no Céu, porque o S. Pedro não lhe dá aqui entrada, porque se ele viesse para aqui tinha de se haver comigo e eu mesmo velho como estou ainda era Homem para lhe dar dois estalos nas fussas e chamar-lhe umas carradas de nomes e se não me tivessem roubado a minha bengala, levava era duas bengaladas no lombo à boa maneira parlamentar do início do seculo XX.
JP. Pois claro, esse gajo quando morrer vai direitinho mas é para o INFERNO, os companheiros de Lucifer já lhe preparam um belo quarto de hotel infernal para ele ficar para lá a arder por muitos e longos anos.
AhAhAhAhAhAh. O CÉU PODE ESPERAR!