Friday, January 26, 2007

Casca de Banana

Palácio Real de Piarça sala do trono.
El Rei tinha chegado cedo e depois de arrumar os documentos, que trouxera do seu castelo privado no Escondidinho, sentara-se na cadeira junto à secretária de trabalho e tirara do bolso o telégrafo de bolso, que o reino lhe tinha oferecido, e enquanto reflectia ia virando e revirando o seu melhor amigo.
Mas o nervosismo era grande e ele já não conseguia mais estar sentado, levantou-se e começou a caminhar para trás e para frente com as mãos atrás das costas procurando encontrar uma solução para o problema que o atormentava.
De repente repara numa coisa que lhe chamou a atenção e que o deixou ainda mais preocupado do que já estava, e que era nada mais nem menos do que a porta do gabinete que ele deixara aberta, facto que nunca tinha acontecido até agora.
Dirige-se apressadamente para a porta e fecha-a ao mesmo tempo que murmura de si para si:
Trevo do Mar: Devo estar a ficar velho agora já me esqueço da porta aberta, que grande chatice se aparece aqui alguém e me vê neste estado de nervos até parece que não controlo a situação do reino, bem e falando a verdade já não controlo pois tenho que aturar a oposição na Assembleia do Reino e os gajos dos blogues.
Mal acabou esta conversa com os seus botões batem à porta e ele dirigiu-se apressadamente para a secretária e respondeu:
Trevo do Mar: Entre
A porta abriu-se e surgiu a Banda Cruzes Credo que disse:
Banda Cruzes Credo: Com licença majestade, bom dia.
Trevo do Mar: Bom dia só se for para ti Banda.
Banda Cruzes Credo: que se passa majestade? Qual é o motivo desse nervosismo? Precisa de uma massagem para acalmar?
Trevo do Mar: Qual massagem qual quê eu estou é danado com aqueles gajos, cambada de burros.
Banda Cruzes Credo: Mas majestade…gajos, burros????? De que está a falar???
Trevo do Mar: Isto não são conversas para termos aqui porque as paredes têm ouvidos, por isso vai para o teu gabinete e pega no teu telégrafo de mão e convoca o Porreirinha, o Carioca, o Rodinhas e a Bera de Bolonha para uma reunião para o meu castelo no Escondidinho.
Banda Cruzes Credo: Sim majestade, mal empregado não caíres da cadeira como aconteceu ao outro, pensou.
Castelo Privado de El Rei no Escondidinho, depois de revistados e de ficarem sem os telégrafos de mão os convocados foram conduzidos à sala de reuniões, onde à entrada foram sujeitos à despistagem de equipamentos electrónicos de escuta.
A porta de mogno encoberta com um tapete de Arraiolos novo, feito de encomenda para substituir o antigo, com as armas do soberano dava acesso a uma sala ampla e agora insonorizada, ao centro a mesma mesa com as mesmas cadeiras e a pender do tecto dois candeeiros de cristal de Murano que a iluminavam por completo.
Os convocados aguardavam e o rei que não se fez esperar entrando na sala antecedido por dois elementos da sua guarda pessoal.
Trevo do Mar: Boa noite a todos obrigado por terem vindo, mas por favor sentem-se. Como sabem marquei a Assembleia do Reino, para aprovar o orçamento e plano de actividades e mais não sei quantos pontos, para aquela data com um objectivo definido perceberam qual?
Não - responderam todos em coro.
Trevo do Mar: Se soubessem é que me admirava e depois com aliados destes não se consegue ir a lado nenhum. Mas vou explicar o que se passou é que eu queria criar condições para que me pudesse demitir e deixar o lugar para a Banda.
Como assim majestade? Perguntaram todos
Trevo do Mar: Oh cambada ao marcar a Assembleia para aquela data e com aqueles pontos todos, e ao não dar documentos a todos os parlamentares eu queria é que eles se zangassem todos e saíssem da sala, e aí eu aproveitava para dizer que não tinha condições para continuar e demitia-me, mas aquelas duas bestas ficaram lá e pronto lixaram-me o esquema.
O objectivo desta reunião e escolher uma nova estratégia para eu conseguir sair sem levantar suspeitas e escusam de se cansar a pensar, até porque não conseguem, porque já a tenho.
Assim na próxima Assembleia do Reino vou propor à própria da hora algumas coisas de todo em todo inaceitáveis de modo que a oposição toda saia da sala, mas se alguma besta não sair tu Rodinhas e tu Carioca tratam de a ofender, e se mesmo assim ela não sair mandam-lhe com qualquer coisa à cabeça e quando ela reagir tu Bera de Bolonha expulsa-la da sala por incumprimento do Regulamento da Assembleia do Reino de Piarça.
Quanto a vocês Banda e Porreirinha comecem a fazer promessas, e façam-nas publicar no pasquim eclesiástico Mudo de Piarça, com indicação que estarão concretizadas na altura da Assembleia, mas que não cumprirão e assim possam alimentar as criticas dos gajos dos blogues.
Depois eu faço o papel de donzela ofendida e apresento a demissão, por falta de condições, devido à falta de democraticidade da oposição e tu Bera fazes uma cena para me tentares convencer a não sair, mas eu fico inflexível e tu acabas por aceitar, chamas os gajos da oposição comunicas-lhe a minha decisão e nomeias a Banda para o meu lugar. Perceberam?
Sim responderam todos.
Trevo do Mar: Ainda bem e agora obrigado pela vossa colaboração, esta reunião acabou. Podem ir à vossa vida e vemo-nos amanhã no Palácio Real, escusado será dizer que este assunto morreu aqui.
Trevo do Mar apertou discretamente um botão colocado debaixo do tampo da mesa, apareceram os seguranças que devolveram os telégrafos aos convocados, e os acompanharam ao pátio do castelo onde tinham deixado os seus coches motorizados.
Bem seus, seus nem todos seriam já que o da D. Banda Cruzes Credo é propriedade do reino e que pensou para com os seus botões:
Banda Cruzes Credo: Mais uma seca de reunião parecia o Falazar, raios o partam, a dar ordens e nós a ouvirmos como crianças, pois muito bem vim no coche do reino e assim não gastei gasolina no meu.

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