Aeroporto
Palácio Real de Piarça, no seu gabinete recém remodelado com uma nova secretária, uma mesa de reuniões fabricadas, propositadamente para si, com madeiras exóticas, com cortinados novos e um lustre de cristal de Murano parecido com aquele que tinha no seu castelo no Escondidinho, sua majestade refletia naquela manhã chuvosa de Junho.
Trevo do Mar: pensa, pensa tens que surpreender porque Piarça já voltou ao marasmo e os súbditos precisam de temas de conversa e os cortesões, para não dizer bufos e lambe botas, precisam de estar ocupados em coisas que não em conspirações contra mim.
De repente levanta-se energicamente da cadeira e grita:
Trevo do Mar: Eureca, descobri.
Depois do grito, e com receio da possibilidade de alguém o ter ouvido e o considerar doido, caminha directamente para a porta do gabinete abre-a vagarosamente e espreita para o corredor para ver se alguém se aproxima.
Verificou com satisfação que nada de anormal se passara, fecha de novo a porta,
dirige-se para a sua cadeira nova senta-se, e com um sorriso de orelha a orelha, olha para o seu telegrafo de secretária pega-lhe e começa a marcar os nove números mágicos, que tinha consultado na sua agenda pessoal, que poderiam mudar para sempre o seu futuro.
Ao seu ouvido chega o som característico de chamada dos telégrafos e repentinamente alguém fala ao seu ouvido – estou sim bom dia.
Trevo do Mar responde: Bom dia meu caro amigo António Posta fala Trevo do Mar e precisava de um favorzinho teu.
António Posta: Como está majestade de Piarça, o que posso fazer por si?
Trevo do Mar:: Estou bem obrigado, eu precisava que me conseguisse uma entrevista com o ministro dos aeroportos Sheik Rário-al-Rino e se possível com o Vizir Mezé-el- Liócrates.
António Posta: Com certeza majestade os seus pedidos para mim são ordens, vou fazer umas telegrafadas e já lhe ligo.
Trevo do Mar desliga e volta a concentrar-se agora noutros assuntos, nomeadamente nuns documentos que tinha na sua frente e que tinha retirado duma pasta de cartão com o brasão do reino, com a indicação de confidencial a verde.
Estava tão concentrado na análise daqueles importantes documentos que quase saltou na cadeira quando o telegrafo de secretária tocou.
Trevo do Mar: Estou sim, ora diga de sua justiça meu amigo.
António Posta: Majestade o senhor è uma pessoa de sorte o Sheik Rário-al-Rino pode recebe-lo amanhã de manhã e o Vizir Mezé-el- Liócrates à tarde.
Trevo do Mar: Obrigado meu amigo não me esquecerei destes favores.
Trevo do Mar desliga o telegrafo e, logo após, liga para o seu motorista particular e bem assim como para o chefe da sua guarda pessoal para prepararem a sua deslocação a Ulipsseia.
Ulipsseia palácio do Sheik Rário-al-Rino, na ante camara do seu gabinete particular, Trevo do Mar observa todo luxo, retirando ideias para aplicar no seu castelo do Escondidinho, quando de repente uma voz o chama a realidade e lhe diz que pode entrar.
Trevo Do Mar: Com licença Sheik Rário-al-Rino, obrigado por me ter recebido tão rapidamente e desde já o meu pedido de desculpas por lhe tomar o seu precioso tempo.
Sheik Rário-al-Rino: Por quem sois Majestade è sempre uma honra recebe-Lo nesta sua casa.
Mas dizei-me em que posso ser-lhe útil.
Trevo do Mar: Bom o que me trás aqui pode resolver um problema que nos afecta aos dois.
Sheik Rário-al-Rino:De que se trata Majestade?
Trevo do Mar: Passo a explicar o senhor anda a braços com o problema da localização do novo aeroporto internacional, ele è a Rota, o Muchete enfim um sem numero de localizações que nunca mais acabam, pois eu acho que tenho a solução para o problema.
Sheik Rário-al-Rino E qual seria a solução?
Trevo do Mar: Pois para mim nem Rota nem Muchete mas sim Piarça. Por acaso até trouxe uns estudos feitos por técnicos independentemente dependentes da minha pessoa, que tenho o prazer de lhe deixar.
Sheik Rário-al-Rino: Obrigado pela sua cortesia e prometo-lhe que vou analisar cuidadosamente os documentos que me trouxe e desde já lhe agradeço a sua disponibilidade para a resolução deste desígnio nacional.
Trevo do Mar: Bom não o maço mais e obrigado mais uma vez.
Sheik Rário-al-Rino: Não maçou nada foi um prazer.
Palácio do Vizir Mezé-el- Liócrates se o luxo no palácio de Rário-al-Rino era de deixar qualquer um de boca aberta então ali nem em o sonhos o Trevo teria podido imaginar.
Centenas de pessoas circulavam de um lado para o outro aparentemente muito ocupados com assuntos da mais alta importância.
Enquanto aguardava Trevo do Mar ia pensando na conversa que iria ter com o Vizir, até que uma secretária se lhe dirigiu para o acompanhar ao gabinete do governante.
Faça favor de me acompanhar Majestade disse ela.
Trevo do Mar chegou-se para o lado ao mesmo tempo que dizia: as senhoras primeiro aos mesmo tempo que pensava para com os seus botões uma destas è que gostava de ter lá em Piarça, o Vizir tem cá uma sorte porque até nisto è tudo material topo de gama.
A secretária chegou ao fundo de corredor alcatifado com as paredes decoradas com quadros representativos da moderna pintura portuguesa, que o Trevo do Mar há muito tempo vinha cobiçando para o seu castelo particular, bateu à porta, retirou-se para o lado, abriu-a ao mesmo que colocava o seu melhor sorriso que quase provocava um ataque cardíaco ao Trevo, e disse: faça o favor de entrar Majestade o Vizir Mezé-el- Liócrates espera-o.
Trevo do Mar penetrou no luxoso gabinete e pensou: mão admira que não haja dinheiro para nada com um gajo destes a gastar assim em luxos, mas afivelou o melhor dos seus sorrisos e disse:
Trevo do Mar: Como está o meu caro amigo Vizir Mezé-el- Liócrates?
Mezé-el- Liócrates : Bem obrigado Trevo mas diz-me que ideia è essa do aeroporto ser em Piarça?
Trevo do Mar: Bem Mezé não te vou falar de estudos técnicos porque esses deixei-os com o Rário, mas sim de outras coisas mais importantes.
Olha para começar em Piarça ficamos perto de Ulisseia e com uma ligeira reconversão das estradas ficamos ligados a autoestrada .
Depois não temos impedimentos de ordem ambiental não existem lá jazidas aquiferas, não passa por lá nenhuma rota de migração de aves, a própria zona industrial do reino deita, nas suas proximidades, um cheiro tão bom que se organizam excursões para as pessoas desfrutarem de um aroma tão benéfico para a saúde.
Tanto assim è que vamos começar a entradas para o espaço.
Depois e por ultimo o meu pai è proprietário dos terrenos onde, por acaso e só por acaso, os técnicos independentes, que fizeram o estudo que entreguei ao Rário, dizem ser os indicados para a construção do futuro aeroporto.
Como podes ver são tudo boas razões para a construção do futuro aeroporto em Piarça defendendo sempre, claro está, os interesses do Império
Ah! quase me esquecia que uma das características do meu pai è ser bastante generoso com os amigos em particular e com o partido em geral.
Mezé-el- Liócrates: Meu caro amigo ouvi atentamente a tua explicação, especialmente os dois últimos argumentos,e podes estar certo que a candidatura de Piarça será levada em linha de conta e mais ainda se depois, sem querer influenciar em nada como è óbvio, na altura da construção as empresas admitidas ao concurso para concretização do projecto forem as que eu inadvertidamente indicarei.
Trevo do Mar: Podes contar com isso a final para que servem os amigos, não è verdade?
Mas olha e o Califa Adival Silva não vai colocar obstáculos? Ele è um picuinhas e è bom nas contas.
Mezé-el- Liócrates: Não te preocupes que com esse porque a cooperação estratégica está bem e recomenda-se e se não for assim vou para os jornais chorar-me e acusá-lo de criar obstáculos à minha boa governação.
Bom meu amigo agora vai e fica descansado porque ou muito me engano ou Piarça vai ter um aeroporto internacional e um rei ainda mais rico do que antes.
Abraçaram-se mas o Trevo não podia sair dali sem dizer o que lhe estava atravessado na garganta e por isso disse.
Trevo do Mar: Olha lá Mezé não podias dispensar-me algumas daquelas secretárias que tens por aqui que são podres de boas?
Mezé-el- Liócrates:Tá bem, o que não faço eu por ti, vou mandar-te algumas por destacamento lá para o Reino de Piarça.
E assim Trevo do Mar saiu do palácio do Vizir com a sensação de mais uma tremenda vitória para si e para o seu dilecto pai.
Ficaria na história por todos estes feitos realizados.
Trevo do Mar: pensa, pensa tens que surpreender porque Piarça já voltou ao marasmo e os súbditos precisam de temas de conversa e os cortesões, para não dizer bufos e lambe botas, precisam de estar ocupados em coisas que não em conspirações contra mim.
De repente levanta-se energicamente da cadeira e grita:
Trevo do Mar: Eureca, descobri.
Depois do grito, e com receio da possibilidade de alguém o ter ouvido e o considerar doido, caminha directamente para a porta do gabinete abre-a vagarosamente e espreita para o corredor para ver se alguém se aproxima.
Verificou com satisfação que nada de anormal se passara, fecha de novo a porta,
dirige-se para a sua cadeira nova senta-se, e com um sorriso de orelha a orelha, olha para o seu telegrafo de secretária pega-lhe e começa a marcar os nove números mágicos, que tinha consultado na sua agenda pessoal, que poderiam mudar para sempre o seu futuro.
Ao seu ouvido chega o som característico de chamada dos telégrafos e repentinamente alguém fala ao seu ouvido – estou sim bom dia.
Trevo do Mar responde: Bom dia meu caro amigo António Posta fala Trevo do Mar e precisava de um favorzinho teu.
António Posta: Como está majestade de Piarça, o que posso fazer por si?
Trevo do Mar:: Estou bem obrigado, eu precisava que me conseguisse uma entrevista com o ministro dos aeroportos Sheik Rário-al-Rino e se possível com o Vizir Mezé-el- Liócrates.
António Posta: Com certeza majestade os seus pedidos para mim são ordens, vou fazer umas telegrafadas e já lhe ligo.
Trevo do Mar desliga e volta a concentrar-se agora noutros assuntos, nomeadamente nuns documentos que tinha na sua frente e que tinha retirado duma pasta de cartão com o brasão do reino, com a indicação de confidencial a verde.
Estava tão concentrado na análise daqueles importantes documentos que quase saltou na cadeira quando o telegrafo de secretária tocou.
Trevo do Mar: Estou sim, ora diga de sua justiça meu amigo.
António Posta: Majestade o senhor è uma pessoa de sorte o Sheik Rário-al-Rino pode recebe-lo amanhã de manhã e o Vizir Mezé-el- Liócrates à tarde.
Trevo do Mar: Obrigado meu amigo não me esquecerei destes favores.
Trevo do Mar desliga o telegrafo e, logo após, liga para o seu motorista particular e bem assim como para o chefe da sua guarda pessoal para prepararem a sua deslocação a Ulipsseia.
Ulipsseia palácio do Sheik Rário-al-Rino, na ante camara do seu gabinete particular, Trevo do Mar observa todo luxo, retirando ideias para aplicar no seu castelo do Escondidinho, quando de repente uma voz o chama a realidade e lhe diz que pode entrar.
Trevo Do Mar: Com licença Sheik Rário-al-Rino, obrigado por me ter recebido tão rapidamente e desde já o meu pedido de desculpas por lhe tomar o seu precioso tempo.
Sheik Rário-al-Rino: Por quem sois Majestade è sempre uma honra recebe-Lo nesta sua casa.
Mas dizei-me em que posso ser-lhe útil.
Trevo do Mar: Bom o que me trás aqui pode resolver um problema que nos afecta aos dois.
Sheik Rário-al-Rino:De que se trata Majestade?
Trevo do Mar: Passo a explicar o senhor anda a braços com o problema da localização do novo aeroporto internacional, ele è a Rota, o Muchete enfim um sem numero de localizações que nunca mais acabam, pois eu acho que tenho a solução para o problema.
Sheik Rário-al-Rino E qual seria a solução?
Trevo do Mar: Pois para mim nem Rota nem Muchete mas sim Piarça. Por acaso até trouxe uns estudos feitos por técnicos independentemente dependentes da minha pessoa, que tenho o prazer de lhe deixar.
Sheik Rário-al-Rino: Obrigado pela sua cortesia e prometo-lhe que vou analisar cuidadosamente os documentos que me trouxe e desde já lhe agradeço a sua disponibilidade para a resolução deste desígnio nacional.
Trevo do Mar: Bom não o maço mais e obrigado mais uma vez.
Sheik Rário-al-Rino: Não maçou nada foi um prazer.
Palácio do Vizir Mezé-el- Liócrates se o luxo no palácio de Rário-al-Rino era de deixar qualquer um de boca aberta então ali nem em o sonhos o Trevo teria podido imaginar.
Centenas de pessoas circulavam de um lado para o outro aparentemente muito ocupados com assuntos da mais alta importância.
Enquanto aguardava Trevo do Mar ia pensando na conversa que iria ter com o Vizir, até que uma secretária se lhe dirigiu para o acompanhar ao gabinete do governante.
Faça favor de me acompanhar Majestade disse ela.
Trevo do Mar chegou-se para o lado ao mesmo tempo que dizia: as senhoras primeiro aos mesmo tempo que pensava para com os seus botões uma destas è que gostava de ter lá em Piarça, o Vizir tem cá uma sorte porque até nisto è tudo material topo de gama.
A secretária chegou ao fundo de corredor alcatifado com as paredes decoradas com quadros representativos da moderna pintura portuguesa, que o Trevo do Mar há muito tempo vinha cobiçando para o seu castelo particular, bateu à porta, retirou-se para o lado, abriu-a ao mesmo que colocava o seu melhor sorriso que quase provocava um ataque cardíaco ao Trevo, e disse: faça o favor de entrar Majestade o Vizir Mezé-el- Liócrates espera-o.
Trevo do Mar penetrou no luxoso gabinete e pensou: mão admira que não haja dinheiro para nada com um gajo destes a gastar assim em luxos, mas afivelou o melhor dos seus sorrisos e disse:
Trevo do Mar: Como está o meu caro amigo Vizir Mezé-el- Liócrates?
Mezé-el- Liócrates : Bem obrigado Trevo mas diz-me que ideia è essa do aeroporto ser em Piarça?
Trevo do Mar: Bem Mezé não te vou falar de estudos técnicos porque esses deixei-os com o Rário, mas sim de outras coisas mais importantes.
Olha para começar em Piarça ficamos perto de Ulisseia e com uma ligeira reconversão das estradas ficamos ligados a autoestrada .
Depois não temos impedimentos de ordem ambiental não existem lá jazidas aquiferas, não passa por lá nenhuma rota de migração de aves, a própria zona industrial do reino deita, nas suas proximidades, um cheiro tão bom que se organizam excursões para as pessoas desfrutarem de um aroma tão benéfico para a saúde.
Tanto assim è que vamos começar a entradas para o espaço.
Depois e por ultimo o meu pai è proprietário dos terrenos onde, por acaso e só por acaso, os técnicos independentes, que fizeram o estudo que entreguei ao Rário, dizem ser os indicados para a construção do futuro aeroporto.
Como podes ver são tudo boas razões para a construção do futuro aeroporto em Piarça defendendo sempre, claro está, os interesses do Império
Ah! quase me esquecia que uma das características do meu pai è ser bastante generoso com os amigos em particular e com o partido em geral.
Mezé-el- Liócrates: Meu caro amigo ouvi atentamente a tua explicação, especialmente os dois últimos argumentos,e podes estar certo que a candidatura de Piarça será levada em linha de conta e mais ainda se depois, sem querer influenciar em nada como è óbvio, na altura da construção as empresas admitidas ao concurso para concretização do projecto forem as que eu inadvertidamente indicarei.
Trevo do Mar: Podes contar com isso a final para que servem os amigos, não è verdade?
Mas olha e o Califa Adival Silva não vai colocar obstáculos? Ele è um picuinhas e è bom nas contas.
Mezé-el- Liócrates: Não te preocupes que com esse porque a cooperação estratégica está bem e recomenda-se e se não for assim vou para os jornais chorar-me e acusá-lo de criar obstáculos à minha boa governação.
Bom meu amigo agora vai e fica descansado porque ou muito me engano ou Piarça vai ter um aeroporto internacional e um rei ainda mais rico do que antes.
Abraçaram-se mas o Trevo não podia sair dali sem dizer o que lhe estava atravessado na garganta e por isso disse.
Trevo do Mar: Olha lá Mezé não podias dispensar-me algumas daquelas secretárias que tens por aqui que são podres de boas?
Mezé-el- Liócrates:Tá bem, o que não faço eu por ti, vou mandar-te algumas por destacamento lá para o Reino de Piarça.
E assim Trevo do Mar saiu do palácio do Vizir com a sensação de mais uma tremenda vitória para si e para o seu dilecto pai.
Ficaria na história por todos estes feitos realizados.